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Maratona Cordel Encantado: Lampião e Maria Bonita

21 ago

Oi gente!

Eu falei no começo da semana que a Maratona ia só até sexta-feira, mas resolvi estender até hoje. Faltou um pedaço super importante da história: a história do verdadeiro cangaço.

O cangaço foi um fenômeno que aconteceu entre o século XIX e início do século XX no Nordeste brasileiro. Simplificando bastante, era um movimento caracterizado por determinadas ações – geralmente violentas – de grupos ou indivíduos nômades, como sequestro de coronéis, assalto de fazendas e saqueamento de armazéns. Questões sociais e fundiárias são os grandes motivadores dessas ações. E por onde você pesquisar vai ver que há lutas justas, mas também há o puro banditismo. Conceitos como “bom” ou “ruim” então não são suficientes para classificar o cangaço.

Essa vida de párias e fugitivos das autoridades era facilitada pelo preparo desses grupos: conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso. Além disso, conheciam o interior do Nordeste como a palma de sua mão, se movimentando com destreza. Também eram bons de luta. E para completar, tinham aqueles nomes de guerra: Cabeleira, Corisco, Volta Seca, Sete Orelhas (nem queira saber o porquê do nome) e até Jesuíno Brilhante (existiu um!).

E se falamos de cangaço, falamos de Virgulino Ferreira da Silva, ou simplesmente Lampião, o cangaceiro mais famoso de todos os tempos. Antes de entrar para o cangaço, Virgulino trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região agreste e pobre onde ele morava. Mas tudo mudou quando seu pai foi morto em um confronto com a polícia. Ele  jurou vingança e passou para o lado negro da Força. Se tornou uma figura controversa. Se por um lado a polícia o via como um criminoso terrível, por outro era visto como herói por boa parte da população. Novamente, difícil saber se alguém estava totalmente certo.

O fato é que Lampião morreu de uma maneira bem covarde. Seu bando e ele foram pegos desprevinidos pela volante, a polícia da época – que ele chamava de macacos quando estavam em uma fazenda considerada um esconderijo de alta segurança. Não se sabe ao certo quem foi o traidor.

E eu não poderia falar de Lampião sem falar de Maria Bonita, sua namorada e cumpanheira de luta. Maria Gomes de Oliveira foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros (será uma Dona Cândida da vida?). Conheceu Lampião aos 18 anos, depois de um casamento fracassado. Um ano depois, o Rei do Cangaço a chamou para entrar no bando, e lá viveram juntos por oito anos. Ambos morreram no mesmo ataque da volante. Mas quem diria? Tiveram uma filha, e a princesa do cangaço está viva até hoje! É Expedita Ferreira de Oliveira Nunes, que foi criada por um casal de vaqueiros amigos de Lampião e Maria Bonita. Hoje tem 78 anos de idade. Olha ela aí.

Quem assiste Cordel Encantado sabe que se tem coisa que faz um cabra do cangaço andar aperreado é uma mulher. Não raramente vemos uns cinco do bando, cada um no seu canto, sonhando com seu rabo de saia. Todo esse romance na tela – e na vida real – me lembra de uma música de Zé Ramalho (letra do poeta Otacílio Batista). A interpretação é das Três Meninas do Brasil: Rita Ribeiro, Teresa Cristina e Jussara Silveira. Se a música é bonita, a letra é uma poesia. Uma ode às mulheres que conquistaram o coração dos grandes conquistadores. E uma lembrança do enorme poder de uma mulher.

 

A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor

Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor

Encerro assim a nossa maratona! Espero que tenham gostado. 🙂

Abraço a todos =)

Maratona Cordel Encantado: Sobe e Desce

18 ago

Oi gente!

Hoje vamos falar puramente da novela, que por sinal anda emocionante, hein? Que reviravolta!

Como toda boa história, sempre tem aquelas situações e personagens que amamos, com também aquelas que engolimos, quando não praguejamos. Então, no maior estilo plágio  da coluna Sobe e Desce da Revista Veja, vou fazer um Sobe e Desce especial Cordel Encantado. No Sobe, o que aprovamos. No Desce, o que suportamos. Bom, pelo menos tentamos.

SOBE

Capitão Herculano: Homem com “H” maiúsculo, sim senhor. Bruto, rústico e sistemático. Dez em cada dez brasileiras se apaixonaram por ele logo no início da trama. Também não é para menos: o cabra é decidido, cumpre o que fala, não tem medo do perigo e tem aquele charme. Ui. Meninos, aprendam.

Comida da Maria Cesária: A fada da cozinha faz tanto sucesso em Brogodó que eu juro que queria experimentar só uma quitandinha. O método “Converse com os Ingredientes” é o mais bonitinho que eu já vi. Dá tão certo que eu até fiquei tentada a experimentar. E aquele livro de receitas mais fofo? Hum…Cesária, está na hora de lançar um livro, hein? Watch out Ana Maria Braga!

Nidinho: Ele é o máximo. As melhores tiradas da novela são desse menino. Aquela cara de arteiro, aquele sotaque, aquela cabecinha que dá nó em goteira, não tem como ser mais divertido. Não é à toa que todo mundo queria ser pai dele, não é? Até eu queria estar perto de tanta espirituosidade.

Sotaque brogodoense: Fiquei sabendo que os diretores da novela deram liberdade para cada ator criar seu próprio sotaque. O resultado é uma mistura super divertida e inusitada, absolutamente particular dessa cidade. Tem gente por aí que achou que estava estereotipado demais. Ai gente, é novela das 6. Quem quer saber se a coisa está fidedigna? Não tem nada mais divertido do que diálogos do Prefeito Patácio (Pata) e da Dona Ternurinha (Ternuriiiiinha) ou o delegado Batoré falando do amor da sua vida (minha Antonhiinha!).

Profeta Miguézim: Gente, é o homem que decide a novela. Ele salva a Açucena mais de uma vez, arranja dinheiro para fantasias, rouba a coroa, põe medo nos jagunços e chega no acampamento dos cangaceiros sem guia. A moral dele com o Criador põe qualquer um para correr (literalmente, como se vê na cena abaixo). Todo mundo caçando o tesouro, e ele tranquilamente guardando o bendito por mais de 20 anos. Tal qual Mestre dos Magos, ele aparece do nada, e ainda faz aquelas revelações misteriosas – e acertadas. Se eu tivesse em apuros em Brogodó, eu correria mesmo é para o profeta.

 

Salva de Palmas – Benvinda prendendo Lilica no quarto: Povo de novela é tão besta, que quando alguém consegue ser esperto merece meus parabéns.  Como quando a Benvinda percebeu a safadagem da Lilica e prendeu ela no quarto logo antes da Congada. Nem pestanejou: prende a menina e prega tábua nessas janelas! Foi a melhoor! Mas a Antônia tinha que ter aquela conversinha fora de propósito com a porta aberta e deixar a menina fugir. Como sempre nesses enredos, os menos espertos atrapalhando os mais esclarecidos.

Salva de Palmas 2 – Cesária dando uma lição na Úrsula: Cena inesquecível – Úrsula humilha Cesária (mais uma vez), estraga o vestido dela, e quando achávamos que seria mais uma injustiça sem troco, eis que Cesária parte que nem uma onça para cima da duquesa. Por essa nem eu esperava! Vingou o elenco inteiro na sova.

DESCE

Topeirice das mocinhas: Vamos todos fazer uma vaquinha para pagar algumas aulas de Defesa Pessoal para Açucena. Meu Deus. Uma pessoa que foi raptada 49 vezes deveria no mínimo andar com uma arma. Mas não, a filosofia de vida é “o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”. É assim que as novelas ficam compridas. Isso porque eu nem falei da fase sonsinha da Antônia.

Inácio: Bem, você pode ser bonitinho, mas esse seu jeito passado de ser não dá. Eu fiquei de cara quando ele deixou a Antônia (jura que não dava para servir a Deus e casar ao mesmo tempo?!). Além disso, ele fala de um jeito meio estranho, fica naquele conflito eterno, ah nem…

Casal Persistência: Nunca diga nunca parece ser o lema do príncipe Felipe e de Doralice, também conhecida como Maria Água-Mole-em-Pedra-Dura-Tanto-Bate-Até-que-Fura. Ai, que preguiça desses dois em cima da Açucena e do Jesuíno. Ainda bem que parece que agora a ficha dela começou a cair. Até concordo que a Açucena às vezes não faz por onde, mas essa filosofia “Eu amo por nós dois” já provou que não dá certo. A não ser que você não se importe em ver os olhos do seu amado brilhando quando ouvir o nome de um outro alguém.  Eu, hein…

Romance entre Petrus e Florinda: Não tem nem o que falar, né? Fiquei tão indignada no dia que ela passou a noite como ele que me deu vontade de escrever um post só sobre isso. Melhor. Escrever uma carta para a Globo reclamando da sem-vergonhice dos dois. Com tanta mulher em Brogodó, tinha mesmo que escolher a Florinda, bem casada, mãe de 3 filhos? Argh.

Bem-estar dos personagens: Eu acho que se alguém abrir uma empresa de seguro de vida em Brogodó vai ficar rico, porque ô povo que vive se lascando. Eles levam tiros, facadas, são jogados de carroças, picados por escorpiões, levam surras de jagunços, são lançados na masmorra, atropelados, presos, envenenados. Você escolhe. Tem de tudo por lá. Olha só uma lista de quem já se deu mal (e pode se ferrar de novo até o fim da novela): Açucena, Jesuíno, Capitão Herculano, Doralice, Petrus, Rei Augusto, Tibungo, Ciço (esse devia pedir uma indenização), profeta Miguézim, Carlota e até Timóteo Cabral. Não vou nem citar os que foram presos (o elenco inteiro) e quem passou pelo tratamento VIP do Capitão, como a dona Úrsula. Se eu tivesse passando férias em Brogodó, levaria um guarda-costas. Ou uma armadura.

Ufa. Será que é tudo? Se alguém lembrar de mais alguma coisa, pode compartilhar. 😉 Com certeza teremos mais alegrias e estresses até o fim da novela.

Abraço a todos =)

Maratona Cordel Encantado: Trilha Sonora

17 ago

Oi gente!

Se você é realmente um fã de Cordel Encantado, então já se pegou muitas vezes cantando:

♫ Minha princesa, quanta beleza coube a ti (êêêêê) ♫ ou

No tempo que eu era só, e não tinha amor nenhum, meu coração batia mansinho tum…tum…tum ♫ ou ainda

♫ Lá no sertão cabra macho não ajoelha, nem faz parelha com quem é de traição ♫

O fato é que as músicas são parte importantíssima dessa novela e, não por acaso, acabam grudando na nossa mente. Que bom que elas são boas, né? É uma pena que os diretores ou quem quer que seja responsável por isso em novelas muitas vezes não dá para as trilhas a importância que ela merecem. Quem lembra da trilha de Um Anjo Caiu do Céu? Herbert Vianna, Rita Lee, Pato Fu, Ana Carolina, só tinha música legal. Quando o trabalho é bem feito, é bem lembrado.

E Cordel é um ótimo exemplo disso. As músicas são tão gostosas quanto o enredo. Apesar do movimento pró-download, até ando com vontade de comprar o CD. São 16 músicas dos mais diferentes artistas, de Maria Gadu a Otto.

Veja só a lista (e veja como automaticamente a gente lembra dos personagens e cenas correspondentes a cada uma!):

1. Minha Princesa / Gilberto Gil E Roberta Sá

2. Bela Flor / Maria Gadú

3. Quando Assim / Núria Mallena (Maria Cesária ♥ Rei Augusto)

4. Candeeiro Encantado / Lenine (música de cabra macho!)

5. Maracatu Atômico / Chico Science & Nação Zumbi

6. Chão De Giz / Zé Ramalho

7. Saga / Filipe Catto (gente, eu não sabia que era homem que cantava a música da Úrsula! =X)

8. Circuladô De Fulô / Caetano Veloso

9. Tum Tum Tum / Karina Buhr (adoro!)

10. Coração / Monique Kessous

11. Na Primeira Manhã / Alceu Valença

12. Melodia Sentimental / Djavan

13. Estrela Miúda / Maria Bethânia

14. Carcará / Otto

15. Rei José / Silvério Pessoa

16. Xamêgo / Luiz Gonzaga

 Muita música boa. Ai que dúvida cruel ter escolher algumas para deixar aqui…com muito custo escolhi três só para deixar um gostinho. Quer ouvir mais, assiste a novela! 🙂

A música é uma delícia. E a voz da Maria Gadu, super gostosa de ouvir.

Não achei versão ao vivo, mas não tinha como eu fazer esse post sem ela. Muito fofa!

A música completa, também não ao vivo (a única opção ao vivo é de alguém bem intencionado que filmou de um jeito meio precário em um show com celular – ou algo do tipo).  Repare que a letra É a novela. Só podia ser coisa do Gilberto Gil, que canta junto com a Roberta Sá. Outra voz muito boa de ouvir, né?

Minha princesa
Quanta beleza coube a ti
Minha princesa
Quanta tristeza coube a mim
Na profundeza
O amor cavou
O amor furou
Fundo no chão
No coração do meu sertão
No meu torrão natal
Meu berço natural
Meu ponto cardeal
Meu açucar, meu sal

Oh, meu guerreiro
O teu braseiro me queimou
Oh, meu guerreiro
Meu travesseiro é teu amor
Meu cangaceiro
Que me pegou
Me carregou
Que me plantou no seu quintal
Me devolveu
Minha casa real
Minh’alma original
Meu vaso de cristal
E o meu ponto final

Nossos destinos
Desde meninos dão-se as mãos
Nossos destinos
De pequeninos eram irmãos
E os desatinos
Também tivemos que vivê-los
Bem juntinhos
E os caminhos
Nos trouxeram para este lugar
Aqui vamos ficar
Amar, viver, lutar
Até tudo acabar

Ficamos por aqui, na ritmo de Brogodó. 🙂

Abraço a todos =)

Maratona Cordel Encantado: Literatura de Cordel

15 ago

Oi gente!

Os últimos dias foram muito corridos e eu quase desisti de fazer algo que estou planejando há um tempinho: a Maratona Cordel Encantado. Mas recobrei o ânimo e já vou começar a semana a todo vapor. Serão posts de segunda a sexta sobre a novela que me fez voltar a ver novelas!

Para o primeiro post, vamos falar do que está por trás do nome dessa novela: a literatura de cordel. Eu me lembrava de ter estudado um pouquinho sobre isso em uma certa aula de Pesquisa Folclórica, em alguma quinta-feira às 7h, há alguns anos atrás. Mas a essa hora da manhã todas as lembranças produzidas viram um borrão. Então renovei a pesquisa para trazer algumas informações confiáveis para vocês. 😉

A nossa literatura de cordel é herança de Portugal, e surgiu no Nordeste brasileiro na segunda metade do século XIX. É um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impresso em folhetos, que eram dependurados em barbantes ou cordéis – daí o nome – e vendidos em feiras. Os temas vão de episódios históricos a lendas, de fatos cotidianos a temas religiosos.  Então você vai achar desde Lampião, o Capitão do Cangaço até O Cavalo que Defecava Dinheiro (pausa para risos).

O interessante é que esses cordéis desempenham uma função super importante como fonte de entretenimento e informação, até porque alguns textos abordam temas como política e educação, e são bem críticos. Além disso, eles divulgam a cultura local e ajudam na disseminação do hábito de leitura, já que também são lidos em sessões públicas (bem sabe o Qui-Qui-Qui).

E falando em leitura, os cordelistas recitam seus versos de forma cadenciosa e melodiosa (e eu que achei que o Qui-Qui-Qui estava só driblando a gagueira), às vezes acompanhados de viola. Podem também simplesmente declamar de forma empolgada e espirituosa para atrair possíveis consumidores. Existem cordéis com diferentes números de estrofes e sílabas (a coisa é professional!). A sextilha, por exemplo, é uma estrofe de seis versos de sete sílabas, e os cantadores costumam usar o baião para recitar. Sente o ritmo:

Quem inventou esse “S”
Com que se escreve saudade
Foi o mesmo que inventou
O “F” da falsidade
E o mesmo que fez o “I”
Da minha infelicidade
 

E se o conteúdo do cordel é interessante, as gravuras da capa são um caso a parte. São as xilogravuras, um tipo de desenho cuja técnica é bem parecida com um carimbo: é feita uma matriz de madeira, e com ela se faz a reprodução no papel. É o tipo de desenho que a gente vê na abertura da novela (bunitin!), e que são bem característicos desses folhetos.

E pesquisando por aí, sabe o que eu descobri? A literatura de cordel é super ampla e bem amparada por organizações super sérias, que zelam pela conservação da arte. Recomendo visitar o site da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (tem mais de 40 cordéis disponíveis no site) e um site criado pela Fundação Casa de Rui Barbosa. Ambos são bem completos e legais para navegar.

Mais interessante ainda,  esse cordéis são escritos até o dia de hoje por poetas e cantadores. Os temas são os mais inusitados: A chegada do diabo no bordel do Big Brother (o diabo é uma figura pop por aquelas bandas), Manual da Copa 2006 e A famigerada dança do créu. Checa só a vibe desse último:

Chamar aquilo de dança / chega a ser um sacrilégio / pois dança é uma coisa divina / e dançar é um privilégio / Aquilo é um rebolado / safado e mal acabado / um ato de sortilégio

Apoiadíssimo! hahaha Por último, deixo o Mestre Azulão, que dizem ser um dos maiores cordelistas vivos, recitando uma de suas obras:

Gente, esse tema é super amplo e não dá para falar de tudo em um post só. Mas agora você já sabe um bocadinho de coisa sobre literatura cordel, não é? Então bola para frente, porque amanhã temos outros assuntos legais e novelísticos para comentar. 🙂

Abraço a todos =)